Um fotógrafo sem um produto impresso é como o autor sem obra física. Curioso é notar que muitos seguem insistindo que é possível viver da fotografia sem a foto no papel. Aqui cabe um alerta: a fotografia impressa sem diferenciação de fato já não dá condições de sobreviver no ramo. O caminho de quem está fazendo diferente (e sobrevivendo e até se sobressaindo) é outro. Não são só fotógrafos, mas lojas e estúdios e empresas de foto de formatura que estão desenvolvendo e entregando produtos diferenciados. Cuidado nos detalhes e um toque muito pessoal para uma assinatura da marca. Coisa de artista. Aliás, os artistas sempre tiveram obras. Pintores com suas telas, escritores com livros, escultores e por aí vai. No caso da fotografia, veio o digital para complicar tudo. Não que abraçar o online seja errado, muito pelo contrário. Na verdade, é um caminho paralelo. De ter o produto físico e digital. O que está sendo chamado de versão híbrida.
Querer fugir do produto impresso ou ficar na mesmice dos produtos tem vários motivos:
- De fotógrafos que acham que vão dar dinheiro para os fornecedores.
- De fotógrafos que acreditam que os clientes não querem nada no papel. Porque “eles dizem que não querem”.
- Porque perde tempo e não vale a pena
- Porque está tudo na telinha ou na telona
- Porque o papel vai sumir
- Porque fica mais caro para o cliente e ele pede desconto sem impresso
- Porque meu concorrente faz isso
- Porque aqui na minha cidade é assim
No quesito mais do mesmo as razões são outras:
- De fazer mais do mesmo quando imprime porque não está dando resultado mesmo
- Porque o consumidor quer assim. com aquela cara de sempre
- Porque vai ficar mais caro para mim e por consequência ao cliente
- Porque vai me dar mais trabalho e tomar tempo
- Porque não tem opção no mercado
- Porque meu concorrente também faz assim
Os itens nas duas listas poderiam continuar em listas intermináveis. Aliás, talvez você possa contribuir com suas sugestões. O fato é que a fotografia evoluiu muito na oferta de opções de personalização. A variedade de produtos disponíveis e tecnologias não deixam dúvida: dá para criar coisas únicas para entregar ao cliente. E mais: o fotógrafo ou negócio de foto pode até personalizar com toques especiais dele mesmo. Os motivos para elevar o nível e jogar um jogo distinto quanto ao produto são variados. Listei alguns:
- Você justifica o preço e dá a dimensão do valor cobrado. Na verdade, é uma questão de adicionar esse caráter valioso ao que é ofertado.
- Você ajuda as famílias naquilo que é mais importante. De ter memórias em um produto único. Que vai durar por gerações.
- Você mostra cuidado, carinho e preocupação em ser um agente de memórias. um profissional verdadeiramente especialista no assunto. E a impressão é parte integral disso
- Você indica para as pessoas a importância da foto no papel. Que ela serve para decorar, relembrar e valorizar os melhores momentos da vida. Tudo isso está ligado com emoção.
- Você foge da concorrência por preço e transfere valor na experiência.
- Você pode até cobrar menos com um produto mais simples e ainda assim oferecer algo fora do comum. Sim é possível…basta querer.
- Você coloca sua identidade e da pessoa atendida no produto. isso é personalizar e o que as pessoas estão querendo. Mas para isso você precisa colaborar com o cliente. Ouvir
- Em nenhuma versão de negócio que vai bem em qualquer segmento do ramo fotográfico existe um case que não segue por esse caminho de dar valor ao produto. Da diferenciação e de mostrar apreço ao cliente acima de tudo.
Fotógrafos em especial gostam mesmo é de fotografar. E depois ver o resultado da imagem e a reação dos clientes com o clique fantástico. Se ficar só no digital se tornará descartável como o passar de um dedo na tela. E isso vale mesmo se a sua foto for a mais incrível do mundo. Já no produto ela persiste e embeleza o ambiente. Seja no álbum, na parede ou no porta-retrato. Quem sabe em outro produto criativo em algum ambiente diferente da casa. é a sua “fotografia maravilhosa” como obra-prima daquela família.
Ao fazer tudo isso (de valorizar o produto) você sai do papel de protagonista para o propósito agente de memórias e de ajudar as pessoas com suas lembranças queridas. De ser o fotógrafo que atende famílias contando histórias em diferentes frentes sempre com um produto a altura do seu trabalho. Um contador de narrativas visuais que se preocupa com o único elemento tangível que vai sobrar de toda a experiência: a fotografia no papel. Não qualquer pedaço com imagem, mas sim de algo pensado para cada família ou pessoa. Está provado em pesquisas que a foto no papel (seja qual o produto que for) é entendida como valiosa. Gera um elo emocional e se torna um legado familiar importantíssimo. É isso, ou aceitar que aquela curtida na imagem incrível é questão de segundos até a próxima passada de dedo.
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