

A chegada foi oportuna. Yusuke Tsuchiya praticamente chegou durante a Feira Fotografar para o novo cargo de gerente Suporte Comercial e Marketing da Fujifilm do Brasil. Tsuchiya curiosamente é formado em direito e tem experiência de cinco anos de atuação na Fujifilm Malásia. O executivo percorreu boa parte dos estandes da feira e teve uma percepção geral de como está e para onde vai o ramo por aqui. Na visão dele, a fotografia no papel fotográfico mostra-se promissora e deve ser puxada pelos fotógrafos sociais brasileiros. Ele assume o cargo antes ocupado por Daisuke Furube que vai gerir toda a região da América Latina, a partir dos Estados Unidos.
Tsuchiya ficou surpreso e encantado com o potencial da fotografia newborn no Brasil, uma vez que na Malásia e em toda a Ásia, o forte é casamento. Fazendo uma análise do mercado mundial, ele aposta na tendência da nova geração gostar de fotos impressas. Em sua opinião, esses jovens que nasceram cercados de tecnologia digital em que o smartphone é a única maneira que conhecem para fotografar, uma experiência com a fotografia analógica, como a Instax, é algo novo. “Os jovens adoram, acham descolado, nostálgico, é divertido para eles!”, afirma. “Eles não sabem como imprimir, mas gostam da foto impressa. Não mais a foto 10 por 15 comum, mas sim, produtos adicionais, diferentes, como colagens, fotodecoração.”
“Original Lab” – A multinacional japonesa aproveitou a Fotografar para dar o pontapé inicial do grande projeto “Original Lab”, uma proposta de suporte e serviços como nunca antes foi feito no ramo. Uma valorização dos laboratórios profissionais que têm se questionado sobre a continuidade do papel fotográfico. Para essa insegurança, o executivo foi categórico ao afirmar que a Fujifilm segue investindo no desenvolvimento de papéis sofisticados, profissionais, com haletos de prata. “Apesar de entendermos a demanda e também produzirmos papel digital, acreditamos que até agora o papel com tecnologia do haleto de prata ainda é o número um para impressão de uma boa foto.”


Tsuchiya é profundo conhecedor do mercado asiático, portanto, espera-se uma forte atuação no segmento de casamento. Mas numa primeira impressão na Fotografar, já vislumbra oportunidades nas fotografias newborn e de família que, segundo ele, deveriam estar nos labs profissionais, usando papéis fotográficos de qualidade. Para o executivo, até mesmo as viagens merecem papéis profissionais.
A ideia da plataforma “Original Lab” é aproximar os fotógrafos profissionais dos laboratórios. “Queremos fazer esta ponte por meio de nossos produtos e serviços. Nosso ponto da virada é a tecnologia de softwares. É o nosso ponto forte. Teremos muito mais do que impressão em papel. Teremos novos produtos. Outro ponto importante é que a Fujifilm basicamente tem que apoiar as demandas do consumidor, seja ele profissional ou amador.”


Questionado sobre as expectativas para o Brasil, ciente da situação atual, diz acreditar que a economia vai melhorar e espera que, para os negócios da fotografia, os usuários e consumidores gostem mais de produtos fotográficos, não somente fotografia impressa, mas produtos fotográficos em geral.
Sobre competição nesse mercado faz uma análise bem madura. “Antes competíamos com Kodak, Agfa e Konica Minolta. Os competidores eram bem delimitados. Hoje o mercado de impressão fotográfica está bastante expandido. Tecnologicamente temos que ser mais rápidos e estar sempre mudando, inovando, como nosso tema Value from Innovation.” Também deixou claro que a sua principal tarefa é ter liderança de mercado.
Saiba mais: http://conhecaooriginal.com.br/
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