Faz mais ou menos um ano que postei esse texto aqui no site:
Giphy surgiu em 2013 e conta com um time de 42 funcionários. O CEO, Alex Chung, criou um verdadeira empresa de mídia com GIFs que já quase foi comprada pelo Facebook. O site recebe 100 milhões de visitantes por mês e 4 bilhões de hits no API. Tudo para gerar 25 bilhões de GIFs. A Giphy cresceu cinco vezes em valor só neste ano. Talvez parte do sucesso seja a integração da ferramenta com gigantes como Facebook Messenger, Slack, iMessage e até no Tinder. A empresa passou a criar GIFs promocionais para grandes marcas. Fez isso para a último filme do Guerra nas Estrelas, por exemplo. O próximo passo? Giphy TV. Que Segundo Chung dará uma nova forma de zapear a televisão.
Resolvi retomar o assunto porque a empresa é a melhor representação das novas empresas que faturam com a fotografia (e vídeo) como moeda digital. Giphy lançou um estúdio para criação de conteúdo próprio. Isso fez com que a empresa fosse além de ser só um intermediário ou um site de GIFs. Agora eles criam material original.
GIPHY Studios foi inaugurado em Los Angeles como uma estrutura de apoio e desenvolvimento das animações. O volume de criações do estúdio nesse momento é de 2 mil a 3 mil GIFs semanais.
A marca fez ainda um sistema de suporte batizado de GIPHY Creation Tools para que os parceiros desenvolvam suas peças da forma mais fácil possível. A ideia não é nova. Basta lembrar que o YouTube conta com estúdios em várias partes do mundo (inclusive no Brasil) seguindo na mesma linha. Só que diferente do YouTube, Giphy Studios também vai aos eventos para ajudar a promover e gerar GIFs personalizados com direito a site, etc.
Mais do que faturar com esse tipo de arquivo, Giphy quer estimular a criação de conteúdo original (nos moldes da Netflix). Querem também entender e melhorar essa tecnologia. E nada melhor do que ter um estúdio e fazer testes para compreender e ajustar essa dinâmica. Quem sabe assim eles descobrem o que torna um arquivo viral ou não.
Um dos parceiros nessa evolução da marca são os clientes. Uma aliança interessante. Pois assim eles geram conteúdos exclusivos. Isso quer dizer: GIFs divertidos (e únicos) para postar nas redes sociais ou na internet. Um exemplo são canais de TV norte-americanos que usam esses arquivos animados para promover programas e atrações de uma forma inusitada. O famoso Saturday Night Live é um deles. E afinal, quem não curte um GIF?
Outro ponto importante são as métricas. GIPHY mede e ajusta tudo para atingir o público-alvo. As métricas facilitam o direcionamento para os usuários que entram no site. Tanto para datas comemorativas quanto outras ações especiais. Curioso é que hoje um dos principais concorrentes é o Instagram. Como assim? Sabe o app Boomerang? Pois é, aquilo ali é basicamente o GIF do Instagram.
O fato é que a GIPHY está avaliada em mais de 300 milhões de dólares e atende mais de 150 milhões de visitantes mês que enviam mais de 1 bilhão de GIFs por dia!!! Estão ganhando dinheiro? Parece que sim com a nova estratégia do GIPHY Studios. Um conceito que surge justamente para criar peças exclusivas para clientes como a rede de TV NBC, World Trade Center, Nike e McDonald’s. E eu achando que GIF era só uma resposta engraçadinha no WhatsApp ou no Facebook.
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