Como eu vi a fotografia de família no ano que se passou, foi uma desconstrução para uma construção. Posso falar sobre minha fotografia, hoje tenho estudado mais sobre retratos, como fazer com que as crianças queiram parar por alguns segundos para serem fotografados, o olhar, o que aquela imagem vai representar para aquela família, isso mesmo, aqueles retratos tradicionais que até ontem eu achava que era clichê, sim é clichê, e que gostoso é olhar retratos de família.

Mas vou além, toda fotografia de família tem sido reconstruída de uma forma mais humana, seja uma sessão de fotos, seja uma vivência com maior tempo com as famílias, tenho sentido isso em muitos trabalhos que venho acompanhando e também conversando com amigos fotógrafos. E quando falo de construção, vemos hoje uma velha/nova fotografia de família mais gostosa de ver, com mais sentimento, mais verdade e menos obrigação, principalmente quando penso nas crianças, a criança quer brincar, se divertir, quando sentem que estão sendo forçados, mesmo que os pais prometam algo, não é a mesma coisa, a conexão entre fotógrafo e crianças tem feito toda diferença para o resultado final.

E falando de fotografia documental, ela vem ganhando muitos adeptos, muitos buscando estudar mais sobre o assunto, principalmente conseguir uma abertura maior com as famílias. Uma dica para quem fotógrafa família, embora seja clichê, mas é a mais pura verdade: seja você, faça o que você goste, se é sair para fazer um sessão de fotos no parque, saia de casa cantarolando, pensamento positivo, se envolva com as crianças (na maioria das vezes ganhe a confiança delas com a câmera desligada, brincando de verdade) melhor uma sessão de fotos de 30 minutos com uma conexão entre você e toda família, que uma sessão de 2 horas e onde parece que nada dá certo.
Nos vemos na Fotografar nos dias 28,29 e 30 de março. Minha palestra será na SUPERQUARTA-FAMÍLIA dia 29.