A ferramenta utilizada pelo artista Luiz Maudonnet para registrar antigas minas de minérios na Chapada Diamantina é uma Mamiya C220, câmera analógica de médio formato.
Sabe-se que a extração de minérios foi uma importante atividade econômica na região, do século 18 até meados do século 20, e tinha a Vila de Igatu como um dos principais polos financeiros do garimpo, tendo abrigado mais de dez mil garimpeiros e suas famílias. Hoje a população é de cerca de 400 habitantes.
Pesquisador do assunto, Maudonnet interessou-se pela forma como o garimpeiros trabalhavam em Grunas. Trata-se de cavernas artificiais criadas pelo homem para extração de minério de até dois
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quilômetros de extensão, escavadas pelos garimpeiros em busca por fortunas enterradas em suas profundezas.
Interessante é que ele se utilizou de filmes vencidos para gerar as imagens. “Usei o filme Astia 100 que é um filme positivo, ou seja, ao revelar, a foto já aparece colorida. Todos os 20 filmes que levei estavam vencidos, portanto, cada um tinha uma particularidade de cor de acordo com a sua idade e tempo de vencimento. Cada filme me dava cores alternativas para a mesma cena e foi interessante deixar que o filme influenciasse no resultado final das imagens”, detalha Maudonnet.
O resultado de sua pesquisa visual é a série “Garimpo de Grunas”, que está sendo apresentada pela Galeria Art Hall, na SP-Arte 2018.
Serviço
SP-Arte/2018
Obra “Garimpo de Grunas” de Luiz Maudonnet: estande da Galeria Arte Hall
Datas abertas ao público: até 15 de abril, domingo
Quinta-feira a sábado, das 13h às 21h. Domingo, de 11h às 19h
Pavilhão da Bienal – Parque Ibirapuera, Portão 3 – São Paulo
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